domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
Para Van
A dança que eu respiro
em baixo d'água
A chuva que eu transpiro
A água
O transbordo do corpo
O cheiro do teu cabelo
que me guia
Piruetas e rodopios
Um vôo de olhos fechados
no cheiro do seu perfume
(com cheiro de flor amarela)
Compartilha mais essa dança comigo, menina?
em baixo d'água
A chuva que eu transpiro
A água
O transbordo do corpo
O cheiro do teu cabelo
que me guia
Piruetas e rodopios
Um vôo de olhos fechados
no cheiro do seu perfume
(com cheiro de flor amarela)
Compartilha mais essa dança comigo, menina?
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Essa agudeza de viver faz a gente querer dançar, não é Elena?
E hoje eu nem quis mais estar por aqui, por alguns instantes antes de abrir meus olhos... 60 insinght por segundos, eu dancei por cima do muro da vida, dancei por cima do abismo. E você estava lá com seu vestido amarelo longo quase transparente... ainda ouço o piano que tocou, que acelerou e diminuiu a tristeza que sempre fui.
Ontem conheci a sensibilidade que se dança. "Elena se dança, leve, leve, suave, encanto de ave”, um pássaro que dançou com a lua antes de mim. E eu que sempre quis ter em minhas mãos a lua pra rodopiar com ela. Dançar com ela, tocar ela, beijá-la... abraçar ela...
Lembra quando eu subia no muro e queria me jogar de lá como se fosse um pássaro? Pois é, acho que fui além de mim na tentativa de me perder de mim.
Eu fecho os olhos e agora sinto a água que sempre fui.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
eu não sou, eu sou, eu só não gosto de...
Caro amor,
eu não sou esta mulher.
eu sou de uma outra espécie.
eu sou da que não vê o tempo nas costas dos carros e do ar abafado.
eu sou o que o meu cheiro querser imitar.
umidificador da pele. pele elástica. pele estirizada.
boca seca, esmalte seco, o sal da comida também... seco.
o orgulho que eu não pude ver por detrás do batom que nem é mais vermelho, é só trabalho.
o barulho do auto-retrato. a sede de um.
TUDO PERDE SENTIDO
mas pode ganhar também.
eu só não gosto de lembrar...
eu não sou esta mulher.
eu sou de uma outra espécie.
eu sou da que não vê o tempo nas costas dos carros e do ar abafado.
eu sou o que o meu cheiro quer
umidificador da pele. pele elástica. pele estirizada.
boca seca, esmalte seco, o sal da comida também... seco.
o orgulho que eu não pude ver por detrás do batom que nem é mais vermelho, é só trabalho.
o barulho do auto-retrato. a sede de um.
TUDO PERDE SENTIDO
mas pode ganhar também.
eu só não gosto de lembrar...
domingo, 16 de setembro de 2012
Amareles de terça, menina.
"Passando pela UNB, enquanto um grupo de estudantes realizava um trabalho de filmagem com essa menina de amarelo, não resisti, parei o carro e desci para roubar um click! #ipêsoul" - Vanessa Oliveira
E a moça até parece uma flor que acabou de cair do Ipê e caminha levemente com o vento... | Euri Monteiro |
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
de baixo das flores amarelas
tinha uma terra seca, vermelha
que cegou a gente numa dança torta
o cerrado me encerrou
calma, calma, calma
deixa molhar, deixar chegar
deixa cair, deixa chuver
deixa nascer o percurso
deixa escorrer no chão os nossos vestígios
que nosso tempo está por vir
prepare a terra pra semear
jorre toda a água pra brotar
que nosso tempo está por vir
segure nas minhas mãos
deixe brotar nosso vento...
tinha uma terra seca, vermelha
que cegou a gente numa dança torta
o cerrado me encerrou
calma, calma, calma
deixa molhar, deixar chegar
deixa cair, deixa chuver
deixa nascer o percurso
deixa escorrer no chão os nossos vestígios
que nosso tempo está por vir
prepare a terra pra semear
jorre toda a água pra brotar
que nosso tempo está por vir
segure nas minhas mãos
deixe brotar nosso vento...
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Retrato
O Cheiro da terra seca nas minhas narinas
O pó
O chão duro
E mais pó
Secura e beleza
Não é fluido
É frustrado
De uma expectativa do delineado
A sombra do ipê
não é aconchegante de olhos fechados
porque é beleza
E uma vontade de dançar
só
E uma vontade de dançar
sozinha
Mas sem solidão
Não se trata de desejo umbilical
Mas de um momento íntimo
Entre nós
mãos tronco
olhos
pés
vestido
pele
riso perfume céu
cabelo sapato
barulho mato
chão
E pó, muito pó
Sob a chuva de flores amarelas.
JBF 12-09-2012
O pó
O chão duro
E mais pó
Secura e beleza
Não é fluido
É frustrado
De uma expectativa do delineado
A sombra do ipê
não é aconchegante de olhos fechados
porque é beleza
E uma vontade de dançar
só
E uma vontade de dançar
sozinha
Mas sem solidão
Não se trata de desejo umbilical
Mas de um momento íntimo
Entre nós
mãos tronco
olhos
pés
vestido
pele
riso perfume céu
cabelo sapato
barulho mato
chão
E pó, muito pó
Sob a chuva de flores amarelas.
JBF 12-09-2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Eu rio
Quem toma banho de rio não lava o corpo,
lava a alma
Quem toma banho de rio não se molha,
Deságua
Quem toma banho de rio vira criança
Entre os respingos d'água
Sob um espelho
Quem toma banho de rio
dança.
JBF 27/082012
lava a alma
Quem toma banho de rio não se molha,
Deságua
Quem toma banho de rio vira criança
Entre os respingos d'água
Sob um espelho
Quem toma banho de rio
dança.
JBF 27/082012
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